segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Litografia de Henrique Fleiuss, Semana Ilustrada, 1861


Tigreiros

Acervo Fundação Biblioteca Nacional


A inexistência de sistema de água e esgoto nas cidades brasileiras criou um grave problema: o que fazer com o abundante lixo produzido? Eram restos de comida, de animais e excrementos que careciam de uma destinação. O mais comum eram buracos abertos no fundo dos quintais, embora fosse prática contumaz o acúmulo dos restos em barris, denominados “tigres”, que ficavam o mais escondido possível em algum canto da casa, até atingirem condição de cheio. Neste momento recrutavam-se os préstimos dos escravos, denominados “tigreiros” para que os barris fossem levados para esvaziar nos rios próximos, ou no mar, cortando as ruas a deixar fedor notório, em meio ao ocultar da noite.
Os dejetos e “águas servidas”, como ficaram conhecidas as águas sujas, preocupavam as autoridades que buscavam regulamentar a prática, obrigando o uso de latrinas móveis e contendo tampas para diminuírem o mau cheiro e os riscos de doenças. Esta regulamentação foi alvo da charge afiada de Fleuiss, em 1861.

Fonte: http://www2.unopar.br/sites/museu/exposicao_negros/negro03.html

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